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torsdag 29. oktober 2009

One month in Trondheim



Foto: Erica Neves

Um mês passou muito rápido! Parece que foi ontem que estava na festa de despedida do Hald, e depois tentando fazendo caber tudo dentro das malas! A primeira noite aqui foi, no mínimo aterrorizante. Chegamos no final da reunião de sexta-feira da Laget (ABU) e as pessoas estavam ocupadas conversando ou jogando em pequenos grupos. Eu fiquei um pouco dececpionada com a recepção nada calorosa que tivemos, mas tenho aprendido a não comparar culturas. Depois, foi uma aventura voltar a pé pra casa porque eu não sabia como chegar aqui. Graças a Deus, minha amiga Lillian estava comigo e depois de ficarmos ligeiramente perdidas pelas redondezas chegamos sãs e salvas. Na minha primeira semana, eu fiquei perdida todos os dias tentando achar a minha própria casa, ou o escritório da Laget, que fica muito perto de onde moro. E na primeira vez que peguei ônibus sozinha fui pro ponto do lado errado da rua, e peguei o ônibus na direção oposta ao lugar que queria chegar.
Um mês depois, percebo que já me sinto muito mais confortável na minha nova casa, bem mais familiarizada com a cidade, e consequentemente mais segura pra pegar ônibus e sair sozinha e também, mais acostumada à minha nova vida. Ontem percebi que sinto muita saudade do Hald, das pessoas, das comidas, até das aulas que me deixavam tão esgotadas no final do dia e daquela casa linda com todas as janelas iluminadas durante a noite :)
Seria mentira se eu dissesse que me sinto completamente confortável e a vontade aqui agora. Ainda há muito o que aprender sobre a cidade, a cultura, as pessoas, a Laget, as meninas que moram comigo, a língua, e etc. Mas, estou feliz por perceber o quanto em apenas um mês as coisas foram melhorando progressivamente.
E o melhor: o quanto eu amadureci.
Me sinto tão diferente da pessoa que era há pouco menos de três meses quando deixei o Brasil. Parece que tudo mudou dentro de mim, e de uma forma positiva. Até meus momentos difíceis aqui têm sido preciosos, porque, através deles eu percebo o quanto Deus tem tratado o meu caráter e me atentado pra coisas que talvez eu jamais pensaria se não estivesse passando por essa experiência.
Como a importância de ser honesta com as pessoas, e a não fingir que tá tudo bem quando tem alguma coisa que me magoa, mesmo que isso exija confrontar as pessoas com amor.
Também aprendi o quanto é necessário sermos hospitaleiros quando alguém acabou de chegar de algum outro lugar pra sua cidade, escola, bairro. Pequenas indicações de que o novato é bem vindo fazem toda a diferença na vida da outra pessoa. E, alguns amigos maravilhosos têm me ensinado isso aqui.
Aprendi que é preciso gastar tempo investindo em relacionamentos, mesmo quando se tem uma agenda lotada. Porque quando tudo passar e as coisas fugazes dessa vida tiverem deixado de existir, as pessoas ainda existirão. E elas são muito mais importantes que as coisas.
Aprendi que é essencial olhar quantas vezes forem necessárias antes de tirar uma conclusão precipitada sobre alguém, ou alguma situação. Além dos ruídos da comunicação existem muitas coisas que podem fazer algo parecer diferente do que realmente é.
Aprendi que sou capaz de fazer compras, lavar roupa, cozinhar (ainda que mais ou menos) e que nada é tão assustador quanto parece quando olhamos pela primeira vez, mas que algumas coisas precisam de tempo pra melhorarem.
Entendi que aprender uma nova língua requer muito esforço, dedicação, obstinação, ousadia pra tentar, humildade pra errar e se deixar corrigir. E que algumas vezes é preciso escolher entre aprender a língua fluentemente ou fazer amizades profundas. Eu escolhi a segunda opção.
Aprendi que é muito bom valorizar o sol, porque quando ele fica muito tempo desaparecido ele faz uma baita falta.
Aprendi que é preciso ter muita paciência com as pessoas que vêm de fora, conselhos práticos sobre a nova cultura, bom humor, e, principalmente: traduções são muito importantes, pois estar em um paíse novo sem saber a língua já é difícil o suficiente e se as pessoas não se esforçam pra nos incluir por meio de um idioma em comum aí fica muito pior.
Percebi que é muito importante fazer o que estiver ao nosso alcance pra que as pessoas se sintam bem-vindas e que convites pra se juntar ao grupo são sempre uma ótima idéia.
Aprendi que cada momento é único e deve ser valorizado em sua plenitude, pois, tudo passa rápido demais, e a nossa vida é como fumaça...

Amo a gente!

Hadet bra!

4 kommentarer:

Linda er kul sa...

Du er saa flink til aa sette ord paa ting!
Du er god:)
Saudades!!

Pabline Felix sa...

Oi Eriquita!
"Além dos ruídos da comunicação" foi muito Teoria da Comunicação, hein? =D

Bom, sinto um aperto no peito quando vejo seus textos... não porque sinto você triste ou qualquer coisa assim, mas porque espero que as meninas possam estar aprendendo tanto quanto você aí! E aqui tem o agravante de ninguém falar inglês, então rola um medo básico por elas...

É isso.
Bjundas pra você!

Pati sa...

Querida!
Como tem sido bom ler seus textos! Me sinto mto feliz em poder ler as coisas q Deus te feito na sua vida!
Sou mto grata a Deus pela pessoas linda q ele está formando!
Saudade Mta
Bjim

Mônica sa...

Com certeza vc é a pessoa ideal para terem mandado pra Noruega!
Saudades enoooormes, Ericota!
E essa foto que vc tirou, melbem, é A foto! Parabéns! :D